“Mas eles insistiram muito com ele: Fique conosco, pois a noite já vem; o dia já está quase findando”.
Então, ele entrou para ficar com eles.” Mateus 24:29
Jesus é mais que uma figura histórica; Ele é o exemplo supremo, o Verbo vivo, a Palavra encarnada, o amigo fiel, o irmão amoroso, o Pai sempre presente. Ele nos deu mais do que jamais merecíamos. Quando olhamos para Jesus, não vemos apenas uma pessoa, mas uma inspiração.
A morte, consequência do pecado, não tinha domínio sobre Ele, pois em Jesus não havia pecado. Por isso, Ele criou um dilema para a morte: ao ser imaculado, Ele não poderia ser vencido por ela. Às três da tarde, Ele entregou Seu espírito ao Pai, cumprindo o propósito. E Ele havia dito que se o grão de trigo não morrer, não traz frutos e Jesus havia nascido para aquele momento de redenção, por isso Ele entrega o seu espírito. O maior momento sofrimento e dor de Jesus foi a necessidade que o Pai teve de e afastar do filho.
Jesus tinha que ser para Deus o cordeiro imaculado, com coração limpo. Mas havia um caminho pelo qual Jesus iria passar e um desafio maior que suas dores. Pois ele havia que passar por Judas. E pior que ser traído, era o desafio de se manter com o coração limpo. Depois Jesus passar por um julgamento, e experimentar o sentimento de injustiça que é um dos piores sentimentos que o ser humano pode vivenciar; Jesus é humilhado e açoitado. Mas o mais difícil era manter o coração limpo.
Mesmo assim, em meio a tudo isso, o coração de Jesus está limpo. Ele passou pela Via Dolorosa, viu o sofrimento de Sua mãe, foi traído e injustiçado – tudo para cumprir as profecias. O que as potências espiritualmente aguardavam era a resposta de Jesus, pois “a boca fala do que está cheio o coração”.
Quando Jesus clamou: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabe o que faz”, Ele revelou a pureza de Seu coração e a essência de Sua missão. Ali foi o Cordeiro perfeito manifesto e uma grande tragédia para o Diabo. E ninguém entende mais que Jesus o desafio de ter o coração limpo em meio as adversidades e por isso Ele entende o que todos nós humanos vivemos e enfrentamos.
Na morte de Jesus, a sexta-feira se tornou um dia de dor e luto – a Sexta da Paixão. O sábado, por sua vez, simboliza o silêncio. É o dia da espera angustiante, quando há muito a dizer, mas o melhor é permanecer quieto. E então vem a manhã de domingo, quando a esperança renasce. Jesus vive!
O que fortalece o cristão é a certeza de que o domingo de ressurreição sempre chega. Mesmo quando o inimigo tenta manipular o tempo, ele não pode prevalecer, pois o tempo avança conforme o plano de Deus. O domingo, a vitória sobre a morte, é uma certeza. Depois da crucificação, a primeira pessoa a encontrar Jesus ressuscitado foi Maria Madalena. Todos voltaram às suas atividades, mas Jesus escolheu se revelar a ela, pois ela era a única que não podia voltar ao que era. Jesus nos toca profundamente, transformando o sofrimento que Ele havia vivido em algo transformador e redentor. Jesus tem a capacidade e especialidade de transformar o que era ruim e boas coisas. Então, Ele pediu que Maria fosse contar aos discípulos, mostrando que, após a dor, sempre vem a renovação.
Jesus se encontrou também com dois discípulos no caminho de Emaús. Eles estavam tristes, confusos, mas seu coração ainda falava e pensava em Jesus, o assunto deles era Ele. O mesmo Jesus que ressuscitou e foi atrás de Maria Madalena, seguiu atrás desses dois, mostrando sua imensa paciência e compreensão pela nossa humanidade. Ele os viu não como aqueles que estavam desistindo, mas como dois que ainda carregavam potenciais para grandes obras. Jesus sempre consegue enxergar o melhor em nós, mesmo quando nos sentimos fracos e falhos.
No caminho de Emaús, Jesus não foi repelido. Disfarçado de peregrino, Ele não se afastou, mas os encontrou quando estavam mais vulneráveis. Às vezes, Jesus aparece em nossas vidas disfarçado nas pessoas que cruzam nosso caminho, nas situações que parecem cotidianas, mas que têm um propósito divino. A graça está em perceber esses momentos e reconhecer que Deus usa tudo para nos tocar e nos fortalecer.
E ainda bem que os discípulos não o repeliram, a conversa era bíblica e edificante. E à medida que eles falam a sua visão estava se abrindo. E no final da caminhada (o fim do ano, do caminho). Jesus se despede deles, mas a companhia era tão boa que os discípulos pedem que ele fique. Quando os discípulos, sem saber que era Jesus, pediram que Ele ficasse, era porque a presença daquele homem trouxe conforto, esperança e renovação. Eles não sabiam, mas o coração deles já se aquecia com a presença de Jesus.
Assim será conosco no final de 2024, que possamos ouvir: “Fique tranquilo, pois Eu estarei com vocês.”. Mesmo diante dos dilemas e desafios, Jesus permanece fiel. Ele é onipresente, está em todos os lugares e em todas as dimensões do tempo. Ele se importa conosco em cada detalhe e em cada momento de nossas vidas. Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre.
Em 2025, Jesus já chegou à frente de nós, quebrando grilhões, abrindo portas e guiando-nos em cada passo. Sua presença será a força que nos impulsiona, a paz que nos fortalece e a esperança que nos conduz. Ele entrou no novo ano e vai permanecer conosco, completando a boa obra que começou.
Para os discípulos, Emaús representava o destino final. Mas, quando Jesus entra na história, Ele transforma destinos em escalas, revelando um propósito maior. Pois na mesa, no partir com pão com os discípulos de Emaús, o entendimento se abriu. Eles não apenas comeram, mas se fortaleceram, e, ao invés de permanecer parados, colocaram-se rapidamente em movimento. O que antes parecia difícil e demorado (a viagem que durou um dia), agora foi feito com força, velocidade e direção.
Assim será conosco em 2025. O que enfrentamos com dificuldade em 2024, faremos com mais tração, potência e confiança. A presença de Jesus, que sempre nos entendeu, nos amou e nos escolheu, estará conosco em cada passo. Ele nos encontrou nos “Emaús” da vida e nos trouxe de volta ao propósito. Em 2025, que Sua presença seja mais intensa, mais nítida, nos guiando de volta a Jerusalém, ao nosso verdadeiro propósito.
Jesus transformará nossos destinos, mostrando que o que parecia uma parada foi apenas uma preparação para horizontes ainda mais promissores. O que era destino, se tornará em apenas escalas. Sua mão nos empurrará para frente, nos estruturará e nos fará reconhecer Sua presença nos caminhos da vida. Ele é Aquele que começou a boa obra em nós, e Ele a completará, nos levando a cumprir nosso propósito com coragem e fé.
Por: Aline Rodrigues Santos/CN Conteúdo