O mundo está em movimento e nós não podemos ficar para trás. Precisamos nos transformar de glória em glória, de vitória em vitória. A descrição bíblica acerca de quem somos implica em transformação constante!
O Novo filme da Marvel – Eternos
O novo trabalho da Marvel estreou esta semana nos cinemas de todo país e se trata de um épico religioso. Escrito por Matthew e Ryan Firpo e dirigido por Chloé Zhao, (vencedora do Oscar por “Nomadland”), o filme é uma adaptação dos quadrinhos de Jack Kirby, que na década de 70, passeando por diversos panteões de deuses antigos, criou os Eternos, alienígenas ancestrais que vivem entre nós por milhares de anos, e que estariam por trás das narrativas mitológicas da humanidade na história. Kirby apresentou os Eternos como “a verdade que há por trás de todas as mitologias”.
Assim, em “Eternals” (Título Original) a Marvel desenvolve sua própria mitologia, pegando emprestado elementos de cosmogonias antigas, fazendo um novo sincretismo entre deuses antigos e super-heróis modernos. O problema é que eles colocaram tomate na salada de frutas. Como o arqueólogo e escritor suíço Erich von Däniken, de “Eramos Deuses Astronautas?” Ou ainda JJ Benitez de “Operação Cavalo de Troia”, o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês) “viajou na maionese”.
Eles fizeram uma mistura do drama mesopotâmio da guerrade Marduq contra a deusa Tiamat, o grande dragão, com a batalha de Zeus e seus irmãos contra Cronos e os Titãs, e ainda acrescentaram outros relatos de antigas narrativas folclóricas.
No filme, os Eternos decidiram por causa de sua compaixão pelos homens, enfrentar seus “pais” criadores, os gigantes celestiais. À salada de frutas adicionaram a noção de Bem e Mal que cristianiza a obra de Jack Kirby. Quando temos a história de sacrifício e serviço, não estamos falando dos deuses e heróis clássicos, que só se preocupavam com eles mesmos.
Os heróis antigos eram famosos por suas expedições e conquistas. Heróis eram aqueles que perseguiam seus inimigos, tomavam seus bens, conquistavam mulheres e faziam uso da sua descomunal força. Heroísmo era a capacidade de se vingar, de encontrar os contrários e revidar. A ideia do herói que se sacrifica por uma causa vem de Jesus de Nazaré. E, definitivamente, não tem como fonte nenhuma dessas mitologias e cosmogonias pagãs.
Mas, os paralelos de Eternals com a Bíblia não param por aí. Os Celestiais criaram três raças: os eternos, os humanos e os desviantes. Os dois primeiros eternos criados na HQ foram Ikaris, uma espécie de anjo, (nos quadrinhos ele é loiro) e Sersi, uma feiticeira que é a mesma Circe da mitologia olimpiana. Thena é a figura da deusa da guerra Atenas.
A necessidade de identificar aqueles ilustres desconhecidos ao público fez com que a Marvel formasse sua própria Liga da Justiça. Makkari, personagem anteriormente conhecido como Mercúrio, tem as mesmas habilidades de Flash; Ikaris é um Superman genérico que voa disparando raios pelos olhos; Thena é tão forte e rápida como a Mulher Maravilha. Mas, mesmo com todas essas referências, apresentar e desenvolver em um único filme cada um desses dez personagens fez a trama ficar lenta e com um roteiro irregular.
A película Eternos não emociona, e deixa um sentimento de que não é uma história do Universo Cinematográfico daMarvel. Contudo, com a diretora chinesa Chloé Zhao no comando as coisas na Marvel realmente mudaram. A AGENDA progressista sequestrou os Studios de cinema. E não é em nada sorrateira. Após concluir a Fase 3 com Vingadores: Ultimato e Homem-Aranha: Longe de Casa, o Marvel Studios em sua nova Fase de número 04, decidiu radicalizar.
A franquia não é feita mais para crianças. Os celestiais outra vez querem decidir nosso destino e desejam levantar o grande monstro do interior da terra para a destruição de todos nós. Na vida real como no filme, a imposição de mãos puras sobre a terra, o trabalho de equipe e o espírito de sacrifício podem parar o levante do dragão Tiamat.
Vale a pena conferir o filme, mas aprecie com moderação.