O mundo está em movimento e nós não podemos ficar para trás. Precisamos nos transformar de glória em glória, de vitória em vitória. A descrição bíblica acerca de quem somos implica em transformação constante!
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“Cinge a tua espada à coxa, ó valente, com a tua glória e a tua majestade.
E neste teu esplendor cavalga prosperamente, por causa da verdade, da mansidão e da justiça; e a tua destra te ensinará coisas terríveis.”
Salmo 45:3,4
Somos guerreiros natos. Forjados para a batalha no fogo do Espírito. Nossa missão é trazer o Reino do Céu à Terra e, assim como muitos inimigos tiveram de ser expulsos para a conquista da Terra Prometida, temos aqui guerras contra as hostes malignas para vencer.
Veja bem, eu não disse que temos guerras para apenas lutar, mas para VENCER. Esta é a promessa do Senhor para a sua Igreja: ser vitoriosa, pois “a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a venceram” (João 1:5). Mas, a igreja de hoje em dia se identifica com a noiva de Jesus a que a Bíblia se refere?
O homem está à procura de sua identidade perdida no Éden. Para muitos homens, Deus está longe e fraco, apático e sem poder de ação, do mesmo modo como vemos nossos pais terrenos.
A igreja aparou as garras do Leão de Judá e transformou-o num ser frágil, passivo. Ao longo dos séculos foram construídas muitas “versões” de Jesus. Grandes mentiras foram ditas a Seu respeito e ocorreu uma fragmentação da sua imagem poderosa e transformadora. Vemos um Jesus resignado, que cuida e não cura; um Jesus que é um mero catalizador de mudanças sociais, um preconizador da ética e do bom comportamento, que não confronta, não modifica a realidade, mas se enclausura em regras religiosas de ação.
Somos feitos à imagem e semelhança de Deus mas a humanidade tem lançado versões de Deus conforme a sua própria imagem enfraquecida pelo pecado e pelo afastamento ocorrido no Éden. Há muitos cristãos que têm por objetivo meramente a aceitação na comunidade, optando pela aparência de alguém sempre agradável e manso.
Alguém seria crucificado por ser sempre manso e não confrontar aquilo que precisa ser transformado no mundo?
A resposta é simples: Não.
Veja bem: ser um pacificador não é ser um pacifista, muito menos alguém passivo diante das distorções do mundo. Todos nós nascemos para a batalha! Por isso Deus gosta de escrever histórias incríveis, que nos inspirem a perseverar rumo ao alvo! Lembre-se do mar aberto para que o povo atravessasse à frente de seus inimigos, dos jovens sobreviventes à fornalha e de Daniel na cova dos leões. Precisamos manter nossos olhos no alto, cientes de que temos uma cultura para transformar de acordo com os padrões do Céu.
Sugiro a você a leitura do livro “Coração selvagem”, de John Eldredge. Todo homem já foi um menino com sonhos heroicos. Mas o que acontece quanto os homens crescem e têm seus sonhos frustrados? “Todo homem tem que ter uma aventura para viver, uma guerra para lutar e uma donzela para proteger”. Todo menino deseja ser um herói guerreiro. O menino que você era se orgulharia do adulto que você se tornou?
Estamos vendo a morte prematura do coração selvagem de muitos homens. Vemos heróis que se tornaram bandidos, valentes que perderam a coragem de lutar, guerreiros que se tornaram mercenários interessados apenas em seus próprios ganhos.
É o mundo do Mágico de Oz, com um leão sem coragem, um homem de lata sem coração e um espantalho que não tem como pensar. Aliás, quem, como o homem de lata, não tem coração, não pode amar porque amar é correr o risco de ter seu coração partido! Já a coragem é viver de prontidão para morrer. A honra de um verdadeiro guerreiro é mostrar as cicatrizes que adquiriu na batalha.
Heróis de verdade carregam cicatrizes nas costas, não medalhas no peito. Lembre-se que maior Herói de todos teve a coragem de morrer na cruz por você, ele pensou em você e te amou mesmo sabendo que teria o coração partido por muitos.
Voltando às batalhas: entenda que é preciso não somente ter vitórias, mas saber se envolver nas guerras certas! Você já assistiu o filme “Coração Valente”? Nele é contada uma parte da história de conflitos entre Inglaterra e Escócia. O herói escocês Willian Wallace conversa com seus companheiros de batalha antes de uma grande luta e dá sentido a tudo o que estava acontecendo: o inimigo poderia tirar as vidas dos soldados, mas nunca tomaria a liberdade daqueles que ousaram lutar por ela.
Será que temos um motivo para lutar? Se você não tem um motivo para morrer, você não tem uma razão para viver! Qual é a causa da sua guerra? Esteja certo que você está lutando pelos motivos corretos.
Ficar de pé contra a injustiça é um gesto de amor. A aventura está escrita nos nossos corações. Uma aventura compartilhada que nos põe à prova.
Nesta aventura da vida é importante pensar: Do que você tem medo? Saiba que a coragem é domínio do medo e não ausência dele!
Todos nascemos para lutar uma guerra. A batalha está escrita no nosso DNA!
Agora reflita: quem passou por uma batalha sem ser ferido? Este mundo é um território ocupado pelo inimigo e a reconquista pode não nos deixar sair ilesos, você terá coragem de ir a diante? Todo homem é um guerreiro em seu interior, mas lutar é uma decisão de cada um.
Voltando a falar de Israel: quando o povo entrou na Terra Prometida, ainda havia muitos inimigos com quem lutar, muitas batalhas para desocupar plenamente o território que lhes pertencia por direito. Saiba que cada fase da sua vida apresentará lutas a serem travadas. E você só avançará para o próximo nível quando for aprovado nos testes aos quais será submetido.
Falando em inimigos, precisamos ter cuidado com camuflagens. Do que estou falando? Da mente eivada de religiosidade, que se traveste de justiça mas é, na verdade, um inimigo que nos ataca sorrateiramente, desviando-nos do nosso real propósito na Terra (proclamar as boas novas do Reino de Deus) para que gastemos nossos esforços em apenas tentar sobreviver e ir para o Céu, em vez de trazê-lo aqui.
Há cristãos que tentam apenas sobreviver, limitando Deus como se fosse o gênio da lâmpada, que pode realizar apenas três desejos. Isso é manter seu foco na escassez! Deus é mais que abundante (João 10:10)!
Mas a mente religiosa insiste em ter um diabo bastante grande, com um Deus limitado pela nossa própria ausência de fé. Quero te lembrar de uma coisa: o diabo não inventou nada até hoje a não ser a mentira. NADA. Tudo que existe foi criado por Deus, que tem o poder de desfazer e refazer de novo todas as coisas. Não dê ao diabo um poder que ele não tem.
A religião tem reduzido o poder sobrenatural de Deus a uma aula de história, com fatos que ficaram estanques no passado. Um passado que FOI milagroso, com a perspectiva de um futuro de sofrimento e falta de poder. A mente religiosa nos confinou a quatro paredes e faz com que não mais creiamos na capacidade de Jesus de fazer milagres através de nós. Vivemos para dar cuidados paliativos às pessoas? Não. Vivemos para lutar batalhas que transformam vidas. Mas se a maior luz deste mundo ficar trancada, quão grande será a escuridão no mundo!
A sabedoria religiosa tenta separar poder e caráter, contrapondo Fruto e Dons do Espírito. Mas uma laranjeira não se esforça para dar laranjas. Apresentar o Fruto do Espírito é natural para aqueles que são por Ele revestidos e Seus Dons são desenvolvidos em nós de acordo com aquilo que pedimos e nos dispomos a fazer.
Hoje o culto de muitos ministérios é planejado para ser inofensivo, com uma teologia sistematizada e conformada à nossa própria imagem. Mas pessoas generosas confrontam os avarentos e a cura de corações partidos agride aqueles que não conseguem se entregar. A descrença de disfarça de sabedoria e muito conhecimento, ambos desprovidos de poder.
Mas não se desanime: qualquer luz é suficiente para vencer a escuridão! A luz não brilha por você acreditar na doutrina certa, mas por você trazer a realidade do Céu à Terra.
A igreja de Atos era marcada por sua coragem e intrepidez (Atos 4:31). Mas a igreja de hoje se esconde atrás de más notícias em vez de invadir lugares inóspitos e vencer as trevas.
Onde estão as grandes ideias? Onde estão as invenções que revelam que somos filhos de Deus? Cabe a nós transformar a verdade em estilo de vida! Fomos feitos para lutar!
Deus nos fez para a guerra e, sobretudo, para a vitória! Temos que acordar de manhã e dizer “este é o dia que o Senhor fez!”. Mas é incrível como cristãos superficiais se acovardam mediante as lutas.
Nossas vidas serão representadas por um traço entre duas datas. Faça este traço valer a pena! Viva para abençoar pessoas em vez de gastar sua vida como um egoísta. Você pode “gastar seu traço” servindo as pessoas neste mundo ou procurando sua própria segurança. Seus recursos podem gerar um legado ou se perder no tempo. O que você vai escolher?
Quais serão suas últimas palavras? Eu não sei. Tão somente faça valer a pena.
Seja humilde, não inofensivo. Honroso, não bajulador. Santo, não legalista. Potente, mas não controlador. Suave, não tímido. Confiante, mas não arrogante. Submisso, não subjugado. Pacífico, mas não descuidado. Firme, mas não teimoso. Guiado pelo Espírito e também autocontrolado.
Ore sem cessar, pois a oração é a ponte entre o que é e o que será! Lute suas batalhas sabendo que a vitória foi prometida por Jesus.
Viva poderosamente. Está na hora de o leão rugir e da noiva do Cordeiro, a igreja, se levantar!
Texto transcrito e adaptado por Anna Caroline Pacheco Cintra.
Anna é membro da Comunidade das Nações desde 2017, concluiu todos os módulos da Academia das Nações em 2019, oportunidade em que firmou seu propósito de contribuir para a expansão do Reino atuando no Monte da Educação, entendendo que tem como missão aplainar os caminhos do conhecimento para que o povo de Deus seja instrumento para trazer o Céu à Terra. É professora de finanças, estudante de pedagogia e atua no mercado financeiro há mais de 10 anos.