“E, havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora. E vi os sete anjos, que estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas.
E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono.
E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus.
E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra; e houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos e terremotos.“
Apocalipse 8:1-5
Para nós, hoje em dia, é comum o conceito de “nuvem” no que diz respeito ao armazenamento de informações. Guardamos nossos dados mais importantes numa estrutura que não vemos e temos a certeza que poderemos acessá-los no momento em que quisermos, certo?
Agora, volte comigo nesse texto de apocalipse e reflita sobre a figura do incensário como um “armazenamento em nuvem” das nossas orações. Você percebe que muito do que conversamos com Deus está no céu, esperando o momento de ser lançado de volta à terra?
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São séculos de orações e jejuns dos santos, guardados nos céus para se manifestarem na Terra nos últimos dias.
O livro de Daniel diz que o Senhor muda os tempos e movimentos a nosso favor e também nesse livro, com o exemplo da vida do profeta, vemos que os dons que Deus nos deu nos colocarão a serviço do Seu propósito na Terra.
Entenda: Deus colocará seus filhos em posição de autoridade para resolver com ideias divinas problemas que ninguém mais tem capacidade de resolver, assim como fez com Daniel!
Nós fomos chamados como agentes de Deus para abrirmos as portas do futuro, a fim de que se manifeste a vontade de Deus entre os homens. Lembre-se que nem tudo que acontece na Terra é da vontade dEle, porque nós temos o livre arbítrio.
O Reino dos Céus é um mundo vindouro, e hoje está manifestando seu juízo contra a maldade, a corrupção e a engenharia social.
Sempre que Deus quer manifestar uma parte do futuro, Ele chama um de seus filhos como testemunha de Jesus para as outras pessoas. Uma testemunha vive uma vida diferente, não fala uma linguagem diferente do restante das pessoas.
Veja mais alguns exemplos:
- José foi um agente divino para manifestar o futuro da nação do Egito. Ele se vestia como um egípcio, conhecia a cultura do povo, mas era um emissário do Senhor e trouxe livramento não apenas àquela terra, mas também a Israel.
- Por meio de seus salmos, Davi foi um homem que deixou um depósito de orações para que aqueles que vivessem depois dele pudessem sacar.
O futuro está esperando que nós possamos manifestá-lo. Está tudo na “nuvem”, no incensário do Senhor, esperando para se manifestar.
Nossas orações lá estão armazenadas. Há mais de seis mil anos de oração dos Santos guardados para o derramamento nos últimos dias, sobre as nações, sobre nós!
Os céus estão prestes a desencadear os acontecimentos presentes nas orações de séculos sobre a vida da igreja.
Antes de prosseguirmos, leia sobre a tentação de Jesus no deserto. Esse acontecimento é relatado no Evangelho de Mateus, capítulo 4. A Bíblia nos diz que Jesus foi tentado pelo diabo para passar de fase. Esse acontecimento se deu no início de seu ministério e antecipou a vitória de Jesus sobre as trevas.
Então acompanhe-me no seguinte raciocínio: a tentação não é algo ruim, ela objetiva uma aprovação para uma mudança de momento. É uma virada de chave e significa que o Senhor está averiguando se somos dignos de alcançar um novo nível.
Considere um outro aspecto das provações: o tempo que passamos no deserto depende de como reagimos a cada crise. Israel precisou passar quarenta anos rodando no deserto até que fosse considerado apto a entrar na Terra Prometida. E você, quanto tempo pretende permanecer rodando na terra árida?
Mas vamos voltar à tentação de Jesus. Quando o diabo lhe diz que transforme as pedras em pães, a tentação estava além da fome, mas dizia respeito a Cristo ser (e se considerar) um filho AMADO.
Quando duvidamos que somos amados por Deus, tentamos provar nosso valor e nos perdemos em vãs ações. A resposta de Jesus foi que vivemos de rhema, uma palavra viva que procede da boca do Pai. Todo filho deve ter isso em mente, pois quando temos a consciência de que somos filhos amados, acreditamos que há um plano de bem e não de mal para nós.
Vamos avançar. Quando o diabo oferece a Jesus todos os reinos do mundo, ele oferece a Jesus obter aquilo que já era SEU direito sem passar pelo processo de conquista, bastava apenas sucumbir à cultura maligna e se prostrar aos pés do inimigo.
Entenda que precisamos passar pelo processo para sermos aprimorados. Não é no deserto que ficamos presos, mas no processo de aperfeiçoamento em si.
Nesta tentação, vemos que Deus deseja nações, autoridades governando debaixo do Seu poder, não mais sobre uma agenda demoníaca.
Somos chamados para invadir a cultura, ocupando lugares estratégicos. A igreja tem que se libertar de seu cativeiro cultural e abandonar a escatologia da irrelevância. Somente um governo pode retirar outro! Não se pode vencer a corrupção negociando seus valores e curvando-se ao diabo.
Os Reinos deste mundo são do Senhor e do seu Cristo! Mas para derrotar o sistema que tem imperado, o chamado “mundo” do maligno, precisamos ser instrumentos de Deus para que o Céu, o Reino do Pai, invada a terra.
Atos 9:15 diz que Paulo foi enviado às autoridades, aos reis. No momento e que Paulo surge na história, toda a equação se modifica: a guarda pretoriana conhece o evangelho, a casa de César se converte. Não precisamos ser muitos perto do governo, mas poucos ocupando lugares estratégicos.
Tenha certeza do seguinte: Deus não desistiu das nações entregues ao ateísmo e ao islamismo. Deus está levantando um mover porque ama a Europa e os Estados Unidos e deseja ver estes povos reavivados, reconciliados, com o coração ardendo novamente pela Palavra.
O diabo ofereceu a Jesus os reinos do mundo porque por meio deles se controla a cultura, impactando até mesmo aqueles que ainda não nasceram. Quem detém a cultura, detém o poder e controla o mundo por gerações.
O inimigo tem colocado seus agentes em lugares sensíveis para alterar a cultura. Nós precisamos impedir esse movimento e colocar pessoas estratégicas em lugares estratégicos, mostrando ao mundo soluções divinas para os problemas humanos.
O Reino de Deus se manifesta por meio de sua cultura, a agenda de Deus é a única capaz de vencer esta nefasta cultura de destruição dos nossos valores morais.
Aqueles que se dizem cristãos e não têm a agenda do Reino, devem sair de suas posições. Há algo querendo se manifestar hoje! O Reino dos Céus quer invadir a terra porque Deus planeja se envolver no nosso mundo! Para isso, Ele vocaciona pessoas e provê tudo que elas necessitam. Então, se você foi chamado, não tenha medo de sair de sua zona de conforto!
Atenção: se alguém vocacionado por Deus, se cala, um substituto é posto em seu lugar. Saul e Davi receberam a mesma unção, mas o primeiro se desviou dos caminhos de Deus e assim, deu espaço para que o segundo fosse chamado.
Outro exemplo: a missão de Elias foi completada na vida de Eliseu. Entenda que você é insubstituível como pessoa, mas não no cumprimento de sua missão. Assuma a responsabilidade de manifestar o seu chamado neste mundo!
A batalha está acontecendo entre dois reinos. Dois governos: trevas e luz. Mas nós fomos libertos das trevas e chamados para o reino da maravilhosa Luz de Jesus (1 Pedro 2:9).
O império do maligno está caindo e será, em breve, esmagado debaixo dos nossos pés, dando lugar ao Reino de Deus. É a redenção da Terra! Enquanto impérios falam de concentração de poder, o Reino dá autorização para que seus súditos operem em poder!
Fomos vocacionados para pregarmos as boas novas! Jesus trazia consigo o futuro desenhado por Deus, por isso Jesus foi ao deserto para confrontar o poder que estava dominando a terra naquele instante. Há trombetas sendo tocadas e selos sendo abertos!
O diabo sempre coloca um “se” antes daquilo que já sabemos que é vontade de Deus para nós porque odeia quando os filhos de Deus estão fortes, bem nutridos e bem-sucedidos, esse é o maior testemunho do evangelho: as nossas vidas abundantes!
Nossa primeira e maior luta é pela nossa identidade, porque se você não sabe quem é, não pode lutar. Sua identidade é definida pelo que Deus diz a seu respeito, não pelo seu passado, por sua história (veja a ideologia de gênero como uma tentativa desesperada do diabo de nos desestruturar).
Nossa segunda luta é vencer o processo, pois apenas por meio dele somos aperfeiçoados o suficiente para mudarmos de fase. Então, viva o processo inteiro!
A glória do Senhor está nascendo sobre nós. Deus nos ergue, nos levanta e nos coloca em evidência para trazermos a este mundo as respostas às orações dos Santos há tanto tempo armazenadas na “nuvem”.
Você está pronto?
Texto transcrito e adaptado por Anna Caroline Pacheco Cintra.
Anna é membro da Comunidade das Nações desde 2017, concluiu todos os módulos da Academia das Nações em 2019, oportunidade em que firmou seu propósito de contribuir para a expansão do Reino atuando no Monte da Educação, entendendo que tem como missão aplainar os caminhos do conhecimento para que o povo de Deus seja instrumento para trazer o Céu à Terra. É professora de finanças, estudante de pedagogia e atua no mercado financeiro há mais de 10 anos.