O mundo está em movimento e nós não podemos ficar para trás. Precisamos nos transformar de glória em glória, de vitória em vitória. A descrição bíblica acerca de quem somos implica em transformação constante!
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A forma como você decidir viver será o modo pelo qual será lembrado depois que se for. Que imagem você quer deixar? Que legado quer construir?
Para aprendermos a viver, temos de lidar com nossos medos e entender os planos e propósitos para os quais fomos feitos. Mas o espírito de covardia nos impede de atingirmos o nosso propósito. O medo é a maior barreira entre nós e a expressão máxima do nosso potencial.
II Timóteo 1:6-7 (ACF) nos mostra que fomos criados para sermos corajosos. Veja a seguir:
Por cujo motivo te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos. Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.
2 Timóteo 1:6,7
No entanto, às vezes chamamos, erroneamente, o espírito de medo de prudência. Por isso não chegamos tão longe quando deveríamos. É hora de caminharmos rumo à liberdade que o amor de Deus nos dá!
Mas, o que seria o oposto do amor? O ódio? A indiferença? Ou o exatamente o medo?
Para alguns, a resposta seria o ódio. Contudo, este é nada mais que o medo de pessoas que nos feriram ou ainda de que estes fiquem impunes. O ódio cria pontos cegos na nossa vida, impedindo-nos de progredir e voltando-nos ao desejo de revidar, mas Tiago 1:20 diz que a ira dos homens não é a justiça de Deus.
Já para outros, a indiferença, a blindagem que tolda o coração para não mais ferir-se, é o antônimo do amor.
No entanto, ao lermos I João 4:18 (NVI) entendemos que o oposto do amor é o medo:
No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.
I João 4:18 (NVI)
Vemos então que há dois motivos pelos quais nos movemos: medo ou amor. Mas o medo é um mau conselheiro. Não o escute! Peça a Deus que te mostre suas tropas (II Reis 6), como mostrou a Geazi, ajudante de Eliseu. Entenda que Deus te ama e está com você, Ele te fortalecerá e sustentará (Isaías 41:10).
A raiz do medo está presente nas mais variadas esferas da vida humana. Temos pesadelos com aquilo que tememos e quem se move pelo medo é capaz de coisas hediondas. Veja o caso de personalidades como Hitler: sua política consistia em fazer a população acreditar em grandes ameaças provenientes de inimigos internacionais e outras etnias que viviam na Alemanha. Ele mesmo já foi tido por muitos especialistas em saúde mental como alguém que baseava suas ações no medo e na insegurança.
Mas voltemos a falar sobre o amor. Colocar os olhos em Jesus é a chave para não temermos: quando Pedro desviou os olhos do Senhor, começou a afundar, mas Jesus não permitiu que isso acontecesse (Mateus 14), antes, estendeu a mão para o discípulo e mostrou-lhe que, sob os cuidados de Jesus, ele estaria seguro.
Entenda: Jesus nos elevou quando se tornou um de nós. Nós já éramos a coroa da criação, mas com o sacrifício de Cristo tornamo-nos filhos amados do Pai, poderosos e sem motivo para temer. Ser poderoso faz parte da nossa identidade redimida!
Por isso, precisamos dominar o medo, e o fazemos lidando com falsos poderes:
- Necessidade de controle e manipulação: A necessidade de sentir-se poderoso faz com que a pessoa tente parecer superior aos outros a todo custo, mesmo que isso signifique o enfraquecimento de seu próximo por meio de críticas. Esse é o disfarce da insegurança, pois criticar é uma maneira desonesta de elogiar-se.
- Vangloria: Como o primeiro falso poder, a vangloria é nada mais que fruto de uma grande insegurança, que faz com que a pessoa se envaideça e atribua a si um mérito indevido. É a GRAÇA do Pai que transforma as nossas vidas, não há motivo algum para que nos vangloriemos! Por isso, seja a boca dos outros a elogiar-nos, não a nossa própria.
É preciso ter coragem para ser imperfeito, pois é na nossa fraqueza que Deus age e nos aperfeiçoa.
É a eficácia do poder de Deus em nós que nos capacita a fazer grandes coisas. É em conhecer ao Senhor que devemos nos gloriar.
- Raiva: Por sentirem-se impotentes para argumentar, pessoas raivosas passam a agredir aqueles a quem tentam controlar, coagindo quem está por perto para, assim, sentirem-se no comando das situações.
- Vitimismo: Este último “falso poder” é uma espécie de manipulação em que a pessoa se coloca numa posição de inferioridade e autocomiseração para atribuir a outros a responsabilidade pela sua própria vida. Sempre vai haver algum terceiro culpado pelas mazelas daquele que se faz de vítima. O coitadismo é o oposto da autorresponsabilidade.
Aquele que se faz de vítima busca evitar o confronto porque tem dificuldade de assumir que precisa tomar a decisão de gerir a própria vida. Todavia, quem permanece procedendo assim não consegue crescer pois pessoas poderosas de fato crescem por meio do confronto saudável!
O nível de um relacionamento determina a medida de um confronto. É preciso ser íntimo de alguém para ter o direito de confrontá-lo. Por isso, muitas vezes as falsas vítimas evitam estreitar laços e aprofundar relacionamentos, pois não existe intimidade sem que aconteçam conversas difíceis, mas que nos elevem ao próximo nível de maturidade. É o que chamamos de “comunicação corajosa”. Nesses momentos estabelecemos limites e responsabilidades, assim como Deus, nosso Pai, faz conosco.
Muitos de nós fomos feridos por manipuladores, “falsos poderosos”, que nos fizeram acreditar que somos impotentes. Quando somos coagidos e oprimidos, podemos ser levados a crer nas mentiras que nos são faladas por essas pessoas adoecidas. Ficamos então sob o domínio do medo.
Contudo, o poder de Deus nos liberta de tudo isso e nos concede a graça da verdade. Quando optamos por nos mover pelo amor, deixamos de lado a agressividade, a autocomiseração, a necessidade de controle e a vaidade e nos vemos como realmente somos. Assim abrimos espaço para a manifestação dos propósitos para os quais fomos criados. Tenha em mente que os valores do Senhor estão relacionados com a exaltação dos humildes
(Provérbios 22:4).
Falamos muito sobre a antítese entre o medo e o amor. Mas, qual é a chave para sair do domínio do medo e viver sendo movido pelo amor?
Em Mateus 5:41, Jesus nos ensina que o antídoto do medo é o PERDÃO. A lição é: Deixe as más pessoas com vergonha, constrangendo-as pela bondade. Neste texto de Mateus, aquele que é forçado a caminhar e opta por caminhar mais que sua obrigação mostra que domina a si mesmo. É preciso ter coragem para perdoar.
As maldades do mundo não podem distorcer a nossa identidade, mas o “dar a outra face” é um incentivo para que não retribuamos o mal com o mal e mostremos que somos feitos à semelhança de Jesus. Perdoar nada tem a ver com uma submissão fraca.
O perdão é uma das coisas mais poderosas e amorosas que se pode fazer por SI MESMO. Quando não se concede perdão, é você mesmo quem permanece amargurado e preso àquela situação que lhe causou dor (Mateus 18:21-35).
Quem alimenta o ódio é excluído pela Graça, mas quando você decide perdoar, é alcançado pela graça e pela justiça de Deus, abrindo caminho para que esta mesma graça chegue àquele que o ofendeu.
Lembre-se que o medo é a raiz da ansiedade. Se você está ansioso, precisa encontrar a mentira na qual está acreditando. Livre-se dela! Existe uma verdade de Deus para combater cada um de seus medos. O medo é a fé no inimigo. Escolha colocar sua fé no lugar certo: a vitória de Jesus.
Perdoar é entregar a situação nas mãos de Deus para que Ele resolva. Decida ser livre. O amor Dele nos liberta e lança fora todo o medo.
Texto transcrito e adaptado por Anna Caroline Pacheco Cintra.
Anna é membro da Comunidade das Nações desde 2017, concluiu todos os módulos da Academia das Nações em 2019, oportunidade em que firmou seu propósito de contribuir para a expansão do Reino atuando no Monte da Educação, entendendo que tem como missão aplainar os caminhos do conhecimento para que o povo de Deus seja instrumento para trazer o Céu à Terra. É professora de finanças, estudante de pedagogia e atua no mercado financeiro há mais de 10 anos.