Em momentos como a Conferência Global, o Bispo Fabrício Miguel ressaltou que Deus prepara os filhos para reações, pois começam a reagir com o que há dentro de seus corações, e para oportunidades, visto que, quando ela vem, ninguém é mais o mesmo, pois há uma transição nas oportunidades que o céu entrega.
Embasando-se em Apocalipse 21 (“Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo…”), o preletor referenciou essa grande cidade com um incrível mundo que está surgindo no meio do povo de Deus e, juntamente desse mundo, o surgimento de uma nova cultura, a cultura do Céu, com suas bases e fundamentos muito bem enraizados.
Qual é a cultura desse novo mundo que Deus está trazendo?
No versículo 14 do referido capítulo de Apocalipse, é dito que “a muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.”, demonstrando claramente que a cultura da honra é critério essencial, pois a cidade havia 12 fundamentos, escrito com o nome dos doze apóstolos.
Existiram muitos homens, como Billy Graham, John Wesley, dentre outros, que alcançaram vários feitos iguais ou até maiores que os apóstolos, mas nem por isso tiveram seus nomes colocados sobre os 12 fundamentos da cidade, restando evidente que a inserção desses doze nomes dos apóstolos na cidade citada em Apocalipse é sobre a cultura da honra, em memória e reconhecimento daquilo que estes grandes homens, que andaram com Cristo, tiveram em nosso meio.
Bispo Fabrício citou que, nos EUA, os avivamentos que existiram sobreviveram, em média, um ano e meio, sendo que quase todos eles foram levantados por jovens que possuíam cerca de 35 anos, de modo que, segundo uma pesquisa denominada “Os avivamentos precisam de cabelos brancos”, estes mesmos avivamentos também foram encerrados por estes mesmos jovens, demonstrando uma clara necessidade da importância de se olhar para pessoas com mais experiências, e honrá-los, pois a cultura deste novo mundo que está surgindo é a cultura da honra.
A cultura da cidade acessível
A segunda cultura é a Cultura da Cidade Acessível. Haviam três portas para cada lado da cidade, e elas não se fechavam nem de dia nem de noite, de modo que o significado delas está ligada ao acesso da plenitude.
Para o preletor, muitos foram designados como pastores, mestres, apóstolos, evangelistas, demonstrando que cada um possui uma função importante no Corpo de Cristo e, para que essa diversidade seja fomentada cada vez mais, é preciso que a igreja tenha mais portas de acesso, permitindo que todas as pessoas, das mais diversas áreas – mercado, política, entretenimento, mídia, justiça, gestão – possam ter acesso a essa grande cidade celestial que vem sendo construída.
Deus está nos chamando para abrir portas para a cidade de Deus, nos fóruns, hospitais, escolas, academias e em todas as esferas sociais
Fabricio Miguel
A cultura da cidade de Deus é uma cultura de portas de acesso e, em um ambiente como o da Conferência Global 2022, as pessoas devem buscar novas conexões e compartilhar novas ideias a fim de que surjam coisas novas em nosso meio.
Segurança da Cidade
As muralhas estavam sobre os apóstolos, guardando as entradas da cidade, e elas falam de segurança. Segundo o bispo Fabrício, uma cidade é tão forte quanto as muralhas que a cercam, de modo que nela não entra impurezas nem enganos. Nesse sentido, a igreja deve ter portas abertas para que as pessoas entrem, mas com o entendimento de que há uma separação das coisas do mundo, pois não nos envergonhamos da cultura e dos valores dos Céus, muito menos do evangelho de Cristo e, mesmo que o pecado tenha derrubado os muros da separação, Cristo os restabelece, trazendo novamente a cultura do céu para a cidade, e a santidade para Seu povo.
Proporcionalidade e equilíbrio e fundamentos
Cabe acrescentar, também, a cultura da proporcionalidade, de modo que predomina-se o equilíbrio na cidade de Deus, aperfeiçoando aquilo que precisa ser melhorado, investindo em áreas que estão em expansão, fazendo, também, com que aquelas áreas que estão indo bem se estendam àquelas que não estão tão boas assim.
Alem disso, o que existe de mais belo na cidade de Deus são os fundamentos, de maneira que cada um é constituído por uma pedra diferente, de maneira que, nas palavras do preletor, “a beleza de uma vida cristã constitui-se em seus fundamentos, em uma vida de oração, de leitura bíblica devocional, de arrependimento, de uma paixão avassaladora pelas almas”. E estes fundamentos constituem a nossa força.
Sem fundamento, a altura não pode ser definida, e chega, então, um momento que muitos não crescem porque estão indo na direção errada pois, quando não há profundidade, há o afastamento daquilo que Deus quer trabalhar na vida das pessoas. “Volte aos fundamentos”.
Transparência da Luz, que é Jesus
A cultura que Deus está manifestando é a cultura da transparência, de luz própria, que ilumina todas as outras nações da terra, pois “a Sua glória ilumina a todos.”
Por fim, o último ponto é a cidade de influência, um lugar que contagia e traz um modelo de referência para outros povos e nações, pois, como bem enfatizou o preletor, “na vida, é preciso rever quem nós influenciamos e quem não são por nós influenciados. A chave da frustração é tentar influenciar aquelas pessoas que não nos enxergam.”
Deste modo, tendo como referência todas essas culturas, é essencial compreender que a origem de todas elas, a fonte pelas quais elas emanam, é a respeito de alguém, a saber, Jesus, o Filho de Deus.
por Guilherme Mariano/CNConteúdo