A sessão teve início com o testemunho de Ben Armstrong, que treinou líderes religiosos tanto da igreja protestante quanto da igreja católica na Polônia. Quando um profeta chega a uma cidade, tudo se transforma. É crucial compreender que o padrão de Deus é o amor e os frutos do Espírito. Devemos remover a poeira de nossos ombros e desistir da busca pela perfeição, pois o perfeccionismo nunca será o método relacional de Deus com Seus filhos.
A abordagem incluiu a discussão sobre como ouvir a voz de Deus e suas diversas linguagens. A linguagem principal de Deus é a comunicação, e Ele não se relaciona conosco no modo de desempenho. Às vezes, Deus não lidera através de Sua voz, mas sob a sombra de Suas asas. Nem sempre somos guiados pela voz de Deus, mas pelo Seu olhar. Deus sempre se comunica conosco, mesmo no silêncio.
O volume da voz de Deus varia à medida que nos aproximamos Dele. Não estamos em busca de um destino ou linha de chegada, mas de comunhão com Deus. A comunicação está enraizada na mesma palavra que comunhão, ou seja, entrar em comunhão e ser um com Ele. Deus fala sobre o novo nascimento, e nosso relacionamento com Ele é caracterizado pelo contínuo aprendizado de ouvir Sua voz.
João 10:27 afirma: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.” É crucial compreender o contexto do momento em que Jesus é tentado no deserto. O inimigo tentou usar as Escrituras contra a própria Palavra, mas as palavras de Jesus, validadas pela Palavra de Deus, possuem um nível superior de autoridade.
Ao estudarmos as Escrituras, aprendemos sobre o caráter e a natureza de Deus. Deus não pode ser limitado a uma caixa, e conhecer Sua voz e Seu coração vai além do conhecimento de Suas obras. Devemos ter clareza sobre a voz de Deus, focando no que não é Sua voz para compreendê-la melhor.
Estudar as Escrituras através das lentes da bondade de Deus, Sua natureza e Sua voz revela nossa própria identidade, pois fomos feitos à Sua imagem e semelhança. Profetizamos para inspirar as pessoas a reconhecerem quem são em Deus, não para impulsioná-las a realizar ações.
João 13 narra Jesus sentado com Seus discípulos durante a ceia, declarando de repente que um deles o trairá. A intimidade com Deus nos concede acesso à Sua voz, e Ele compartilha Seus planos com Seus amigos, os profetas, conforme Amós 3:7 destaca.
Quem conhece o coração de Deus reconhece Sua voz, e isso requer tempo e relacionamento. Todos têm acesso à voz de Deus, e Ele não nos compara uns aos outros. O tempo gasto nos permite conhecer a voz de alguém, pois Deus é relacional e convida a um relacionamento onde não esconde coisas de nós, mas para nós, como Provérbios 25:2-3 destaca sobre a glória de Deus.
Para estabelecer nossa identidade, Deus se preocupa mais com nosso relacionamento do que com nosso destino. A medida da realeza de alguém é determinada por sua generosidade, como exemplificado por Jesus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, que foi o mais humilde.
Entendemos que estamos em uma batalha para compreender a voz de Deus, sendo vital silenciar outras vozes. Isso é evidenciado pelo episódio em que o povo de Israel, sendo atacado pelos filisteus, foi influenciado pelas palavras de Golias.
Considerando os valores inegociáveis nas redes sociais e na comunicação contemporânea, outra maneira de aprimorar a habilidade de ouvir a voz de Deus é valorizar as vozes proféticas em nossas vidas. Pais e mães espiritualmente saudáveis nos ensinarão a caminhar na fé e a lutar pelas palavras proféticas que recebemos.
Portanto, é crucial testar todo espírito para discernir se é a voz de Deus, do inimigo ou a nossa própria voz. Cinco ferramentas podem ser usadas para julgar palavras proféticas, encontros com Deus, sonhos e visões:
- Fundamento bíblico: Deve estar em conformidade com as Escrituras, revelando o caráter de Deus e Seus caminhos.
- Resonância com o Espírito Santo: Deve ser reconhecido pelo espírito como proveniente do Espírito de Deus.
- Afirmação comunitária: A maturidade profética é alcançada quando conectada a Deus e relacionamentos saudáveis.
- Frutos: Deve produzir frutos duradouros alinhados com Deus, trazendo sabedoria e edificação.
- Tempo: As palavras de Deus têm um tempo específico de cumprimento, um kairós.
A prática também é essencial para discernir a voz de Deus, conforme Hebreus 5:14 destaca que os maduros são treinados para reconhecê-la. As linguagens de Deus, exemplificadas em 1 Samuel, mostram a importância do treinamento para distinguir Sua voz.
A palavra pode ser uma linguagem de Deus, com as Escrituras revelando Sua voz. Nossos sentidos naturais podem ser treinados para discernir o bem do mal, facilitando a compreensão do que Deus está comunicando.
Deus fala em parábolas e mistérios, exigindo que treinemos nossos sentidos naturais para compreender Sua linguagem. Ele pode se expressar genuinamente através de mídia e música, desafiando as expectativas tradicionais da igreja. Atos proféticos precisam ser interpretados com zelo, transcendendo a ciência quando conectados à voz de Deus.
Por vezes, a compreensão de coisas inexplicáveis pode vir através de pessoas e contextos diferentes, pois fomos criados para sermos multilíngues com Deus. Profetas e apóstolos estabelecem fundamentos, destacando a importância do ensino inicial em uma escola de profetas para construir alicerces sólidos.
por Ana Seligmann/CNConteúdo