Há histórias que nos emocionam não importam quantas vezes tenhamos contato com elas. O Mito do Herói ou As Mil Faces do Herói de Joseph Campbell é o enredo que “nos pega” porque apela para nossa meta-história, ou seja, o Cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo.
O roteiro do jovem moço que tem um mentor, começa sua jornada, descobre seus dons e habilidades, sofre muito e depois vence, é a descrição de Neo em Matrix, Luc Skywalker em Star Wars, Simba em o Rei Leão e tantos outros protagonistas que estrelam filmes de sucesso.
Outra boa história que sempre vira sucesso é a que descreve um homem em pé contra inimigos poderosos para proteger sua casa. Essa trama apela aos nossos instintos mais primitivos. O lar de um homem é o seu castelo e ele se levantará contra dragões e gigantes para proteger o que lhe é mais precioso. Este é o enredo de Guerra dos Mundos com Tom Cruise, o Patriota e Apocalypto de Mel Gibson, Duro de Matar de Bruce Willis.
Ao apelar para o sacrifício do líder (homem ou mulher) em prol da sua prole e da sua família algo se remexe dentro das entranhas do espectador. Da mesma forma, o cão pastor que defende o fraco e indefeso dos lobos é um tema de sucesso que dá muito lucro aos Studios de cinema. Este é o caso do despretensioso longa “Som da Liberdade” (Sound Of Freedom) que está batendo recordes de público e bilheteria no Brasil e no mundo.
O filme é a história de um agente federal americano que encara uma perigosa missão para salvar crianças de cruéis traficantes. O assunto é muito importante e atual. Hoje cerca de 2 milhões de crianças estão sendo exploradas sexualmente no mundo e, segundo a UNICEF, a situação está cada vez mais complexa com as modalidades de abuso on-line.
No Brasil, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) o número de estupros contra menores no Brasil subiu em 15,3% no último ano, os crimes de exploração sexual contra crianças subiram em 16,4%. Som da Liberdade é para ser assistido e divulgado, não somente por se tratar de um grande filme, mas também porque carrega uma mensagem de libertação contra a escravidão moderna, um verdadeiro câncer social.
Homens maus se multiplicam no mundo abusando e mercadejando os pequeninos. Jesus disse que seria melhor pra eles “pendurar uma pedra de moinho sobre o pescoço e se lançar ao mar”. Lucas 17.2
Nós todos sabemos que criminosos agressivos têm que ser parados de alguma forma e o Estado deveria proporcionar isso em vez de se entregar a uma agenda de glorificação do bandido.
Fica ainda mais difícil quando suas instituições desejam legalizar a morte dos inocentes pela prática do aborto. No final do filme o ator Jim Caviezel faz um apelo para tornar o filme um manifesto contra a vergonha da escravidão e exploração infantil: “Os filhos de Deus não estão à venda”