- Os meninos se empurravam dentro dela, pelo que disse: “Por que está me acontecendo isso? ” Foi então consultar o Senhor.
Disse-lhe o Senhor: “Duas nações estão em seu ventre, já desde as suas entranhas dois povos se separarão; um deles será mais forte que o outro, mas o mais velho servirá ao mais novo”. Gênesis 25:22,23
Deus fala para Rebeca que ela teria gêmeos. Nesse texto, a percepção é que Deus sempre fará algo além da medida humana. Mesmo em meio a conflitos e confusão como Rebeca, algo poderoso estava sendo gerado.
Mesmo em meio a conflitos internos e externos, o propósito prevalece em construção nas nossas vidas. Deus nos chama para transcender, sair das malhadas e avançar. Existe uma linha de frente para o seu chamado.
Por muito tempo a igreja brasileira foi tímida e fragilizada, sem impacto. Mas chegou o tempo da igreja brasileira se levantar e governar. Esse é o momento de tomarmos o Reino de Deus por esforço e posicionamento.
Como Jacó, Deus nunca nos prometeu que seria fácil. Mas Ele sempre nos falou que estaria conosco.
Havia duas nações no ventre de Rebeca. Deus vê nações em ventres espirituais! Jacó significa aquele que agarra. E por vezes estamos assim: em meio a tribulações, mas nos prendendo à esperança que Deus tem dado. Deus escolhe aqueles que estão assim: rendidos e agarrados à promessa.
Persevere, sendo nomeado pela promessa
Permaneça sendo conhecido pela natureza do futuro que Deus tem para você. Não aceite nomes que Deus não te deu. Agarre-se ao que Deus falou e não aceite os rótulos. Independente da simplicidade do seu chamado, permaneça firme. Jacó tinha uma profissão simples. E o questionamento que nos vem é: pode-se ver algo extraordinário em coisas simples?
A simplicidade não delimita a profundidade
A questão é se especializar em coisas para as quais Deus nos chama, ainda que sejam simples. Quando Deus quer fazer algo na terra, Ele começa por coisas simples.
Jacó fazia algo simples: um excelente guisado. Mas Ele sonhava com a benção de Deus. E era especializado naquilo que era o dom de Deus em sua vida. Era fiel e buscava a excelência. Se existe algo que destrava o céu, nesse sentido, é alguém que deseja a benção de Deus mais do que tudo.
Se quando criança, meu coração ansiar pela benção da comunhão com Deus, isso me fará perseverante. Se assim como Jacó sonharmos com o derramar de Deus, persistirmos buscando a benção de Deus, seremos alcançados pelo favor.
Diferente de seu irmão, Esaú se acomodou e rejeitou a benção da primogenitura; mas ora, precisamos compreender que precisamos aprender à lidar com aquilo que desejamos, com os nossos apetites.
Viver com apetites descontrolados nos leva à ruína. Tanto a ausência, como o excesso de apetite nos faz instáveis.
Precisamos discernir do que iremos nos alimentar
Abdicar da própria vontade é, por vezes, renunciar àquilo que desejamos. Esaú não permaneceu e pelejou pela benção; isso fala de descontrole. Por essa razão, terminou por desenvolver maior fome pelas coisas da terra do que pelas coisas do céu.
Nossos dons, talentos e habilidades não podem ser desvios, distrações. As promessas de Deus não podem se tornar pequenas idolatrias. Não podemos fugir dos processos, da construção, do caminhar, e por que não, do deserto. No deserto não falta sombra, proteção, direção de Deus.
O deserto foi, para Jacó, o lugar dos tesouros internos.
Deserto é o lugar de filhos e filhas serem aprovados! Na estrada, o caráter de Jacó foi tratado. E no deserto ele foi mudado por Deus.
Rebeca põe na bagagem de Jacó três coisas:
Pão
Água
Azeite
Pão e água eram para o sustento
Mas o azeite era algo que pertencia a Deus. Nesse confronto interior, Deus muda a vida de Jacó.
Jacó estava perdido e cansado. Parou, no limite de suas forças. E se deitou e dormiu. Reclinou a cabeça no chão, em uma pedra. Naquele momento, Jacó derramou o azeite sobre a pedra e reclinou sua cabeça e naquele lugar. Era tudo que ele tinha aquela noite: o sonhar com a promessa. E naquela cidade, antes chamada Luz, ele adormeceu e sonhou. Imaginou outra realidade segundo Deus. Se conectou ao coração do Pai.
E ao acordar, Betel era o nome daquele lugar. Jacó acorda na mesma condição, mas viveu uma metanóia genuína. Ele fez um altar de consagração, sonhando e tendo um encontro com Deus.
O azeite, a unção, o favor vem de Deus. Naquele momento, o tempo muda para Jacó. Vem a legitimidade celestial e a chave para viver o futuro. Anos depois, Jacó é legitimado na benção que lhe pertencia. No vale do Jaboque, tudo que ainda não estava resolvido, foi legitimado por Deus e transformado.
Deus está confirmando hoje algo que há muito tempo Ele já tinha preparado. Foi assim com Jacó, que se transformaria em Israel. Em Gênesis 33:4, Jacó tem um encontro com Esaú, já transformado em seu interior e Deus os restaura. E é assim em nossas vidas: quanto mais caminhamos na presença de Deus, mais há um tratar de Deus no sentido de até os inimigos terem paz.
Jacó então levanta um altar em Siquém. Naquele momento, o nome de Jacó é mudado. Ele se chamaria Israel. Existiu ali um selo de Deus sobre a vida de Jacó!
A vida de Jacó termina em restituição! Essa é a promessa para a nossas vidas. Aquilo que pensamos por vezes que está morto, Deus está restituindo.
Essa é a história da vida de cada um de nós e o momento atual do Brasil. Estamos vivendo um tempo de legitimação e provisão de Deus, como em Betel
Raquel Moreira
por Ana Seligmann/CNConteúdo