Em sua passagem pela Conferência Hombridade, com o tema: A Jornada da Masculinidade, o pastor Cláudio Duarte teceu algumas pequenas observações no que tange aos pilares, ou bases, de qualquer sociedade. Nesse sentido, não há que se falar em uma nação forte sem que suas bases (família, igreja, sistema educacional, saúde, política, dentre outros) estejam muito bem alinhadas e fortalecidas, de modo que o papel dos homens, em suas jornadas, se torna essencial para que haja um bom funcionamento do todo.
Desse modo, a jornada da masculinidade ganha importância central nesse tema, sendo necessário entender alguns estágios ao qual essa jornada é subdividida.
Referências
Onde a masculinidade começa?
- Ensina a criança no caminho em que ela deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele. Provérbios 22:6
Vemos a importância da instrução na vida dos filhos, a fim de que eles sejam preparados para as fases futuras de suas vidas. Aqui, Cláudio Duarte ensina que a Bíblia estabelece a visão de dois tempos, sendo um deles o período de informação, onde a criança precisará adquirir referências em suas famílias, como uma espécie de guia para o que enfrentará durante a vida, e outro tempo posterior, em que as bases aprendidas em casa passarão a ser confrontadas por um ambiente externo.
Quando as bases consolidadas são estabelecidas, todas as informações recebidas externamente pelos filhos serão trazidas para a matriz principal do lar, e posteriormente avaliadas. Quando as crianças são deparadas com as matrizes externas, mas possuem uma base bem consolidada internamente em sua família, ela terá uma referência.
As matrizes internas, que são as bases principiológicas absorvidas dentro do lar, determinam ações, visto que alguém as colocou em nós.
Desse modo, ao se deparar com influências externas que não estão alinhadas com os valores do Reino de Deus, a criança que possui uma base sólida, com referências bíblicas, não causará conflitos familiares internos, visto que teve seus fundamentos solidificados sobre a Rocha, que é Cristo
Claudio Duarte
É como uma flecha que, quanto mais puxamos para perto de nós, mais longe ela chegará ao soltar.
Aceitação
Há um anseio por parte dos jovens e adolescentes sobre a necessidade de estarem inseridos em determinados grupos, a fim de que possam se sentir aceitos. Dessa forma, o papel dos pais é fundamental para auxiliá-los nesse sentido.
Para o pastor Cláudio, uma das formas de sobrevivermos a esses períodos de aceitação é não sendo politicamente corretos, e não se dobrando à covardia. Segundo o preletor, “somos pacíficos, mas não somos frouxos”, de forma que os valores e os princípios de Deus valem mais do que a nossa aceitação na sociedade.
Consolidação
Ao ouvir do Pai quem nós somos, e passar pela escola do deserto, os jovens se transformam em verdadeiros homens de verdade. Ao deixar pai e mãe, e se unir à sua esposa, os filhos se tornam homens fortes, assumindo a responsabilidade e capacitação para liderar uma família. Nesse processo, é importante saber que não fomos chamados para estar enquadrado no estereótipo do chamado “playboy”, ou “peterpan”, não fomos chamados para esse padrão. Ao contrário, devemos saber quem somos em Deus e saber que, como bem afirmado pelo preletor, “homem de verdade é homem de uma só mulher”.
Portanto, somente estão prontos para constituir uma família aqueles que estiverem dispostos a passar por esse processo de consolidação, pois já sabem o que querem e para onde estão indo.
Maturidade
Por fim, o estagio da maturidade:
- Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. 1Coríntios 13:11.
Nessa fase, as extremidades não são os lugares mais adequados, mas sim o equilíbrio. Nem sempre a felicidade estará presente em todas as situações, e nem sempre teremos razão em tudo. Nos dias atuais, ao invés de matarem os homens, tirando suas vidas, estão matando retirando suas masculinidades. Portanto, os homens devem resgatar seus valores, tendo orgulho de quem são, se posicionando naquilo que devem se posicionar, e saindo de cima do muro. É como foi dito pelo preletor, “eu sou pacífico, mas eu não sou frouxo”.
por Guilherme Mariano