As pessoas têm insistido para que eu faça uma resenha de Dr. Estranho – No Multiverso da Loucura. Eu de fato tinha prometido fazer antes de assistir ao filme, mas depois de vê-lo, meu interesse de dizer qualquer coisa despencou. Isso porque não existe nada sólido no filme. Não existe uma história para comentar.
O roteiro é uma pasta gelatinosa disforme. O mundo líquido neomarxista invadiu a MCU – Universo Cinematográfico da Marvel – em sua quarta fase e ao que tudo indica, não irá deixá-lo. Tudo que é feito nessa época é contaminado pelo espírito do tempo – Zeitgeist – a fim de dar continuidade a agenda de reinvenção da humanidade.
Eu prefiro falar mil vezes de outro filme que assisti dias atrás: Top Gun: Maverick que foi acusado pela mídia progressista de ser muito masculino. Óbvio que para quem deseja desconstruir nosso modelo civilizatório, a obra de Joseph Kosinski pareça retrógrada e ultrapassada.
Para os lacradores a apresentação de um homem viril, com códigos de honra, valores e virtudes é tóxica. A proposta dessa turma é a emasculação do indivíduo por uma política identitária. Essa gente fraca, ignorante e vaidosa quer redefinir o espírito humano. Depois de mais de três décadas, Maverick (Tom Cruise) voltou e colocou na mesa os elementos que nos emocionam e fazem nossa alma acender.
A história sobre amizade, sacrifício, família, reencontro, respeito e patriotismo, ativa e faz nosso espírito vibrar. Isso nos leva de volta ao tempo que Hollywood apelava para o modo como fomos feitos, não aos dias de hoje que tentam nos reprogramar, esses engenheiros sociais progressistas com a ideia ridícula de usar o cinema a fim de combater a opressão do patriarcado.
Se Dr. Estranho 2 não merece uma resenha, Top Gun e os efeitos que provoca dentro de cada homem precisa ser estudado. Dentro de nós coisas são ativadas quando vemos exemplos de heroísmo e força de vontade. No meio desse multiverso de loucura, Top Gun é um oásis de refrigério e esperança.