O oitavo dia do Profetizando 22 começou com o pastor Allan Dória estimulando os presentes a construirem uma imagem daquilo que desejam viver a cerca do futuro, através das palavras declaradas. “O futuro não é um tempo, o futuro é um lugar. A oportunidade não é uma ocasião, a opoturnidade é uma pessoa chamada Jesus“, disse.
A pastora e ministra de louvor Karen Braz liderou o momento de adoração, com canções carregadas da presença de Deus. “Jesus o exaltado entre as nações”, declarou.
O pastor de jovens Vinnie Vieira lembrou que aqueles que foram encontrados pela presença de Deus e transformados pela revelação da glória, são chamados a transformar realidades. “Receba nesta noite da cura, assim como aquela mulher que tocou no manto de Jesus, seja transformado, seja restituído. Toque nas vestes de Jesus e viva uma nova história“, disse.
O pastor Pedro Leite liberou a palavra de oferta inspirada em Gêneses 28:20. “Fazer votos com Deus é algo sério. Ser bem-sucedido é o risco de fazer um voto com Deus. Ele ouve o seu voto e lhe responde na capacidade máxima“, disse.
Em seguida, o preletor da noite, o bispo das regiões Norte e Nordeste da Comunidade das Nações, Fabricio Miguel, iniciou sua ministração lendo Gêneses 32:24-28:
Ficando ele só; e lutava com ele um homem, até ao romper do dia. Vendo este que não podia com ele, tocou-lhe na articulação da coxa; deslocou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homem. Disse este: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: Não te deixarei ir se me não abençoares. Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó. Então, disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste.
Fabricio disse que a história de Jacó é o caminho de um homem imperfeito que carrega algo perfeito. “A história de Jacó gravita em torno da benção que Jacó recebeu de seu pai“, disse.
Deus te dê do orvalho do céu, e da exuberância da terra, e fartura de trigo e de mosto. Sirvam-te povos, e nações te reverenciem; sê senhor de teus irmãos, e os filhos de tua mãe se encurvem a ti; maldito seja o que te amaldiçoar, e abençoado o que te abençoar. (Gêneses 27:28)
A benção de Jacó
O bispo ressaltou que Jacó comprou a benção por menos que ela valia. “Nem Jacó nem Esaú entenderam o que significava carregar uma palavra da parte de Deus. São palavras que transformam a nossa vida. Quando damos menos que a palavra vale, não conseguimos entender o valor de ser abençoado, e passamos a viver a benção de forma parcial, com medo, com engano. Por isso, Jacó teve que entrar em um processo doloroso de se adequar a palavra que foi liberada sobre a vida dele. Esse processo foi doloroso. A benção antes do tempo é maldição. Imagine o que é ter uma grande promessa, uma grande identidade e uma pequena postura? Jacó se sentia um impostor. Deus sempre nos dá uma promessa imensa quando estamos em um momento pequeno; Tudo é gerado à partir da palavra. Deus nos fala de um destino glorioso quando estamos passando dificuldades. Deus nos alimenta com palavras sobre o nosso futuro“, disse.
Segundo Miguel, o processo de entender que “já somos abençoados” é difícil. “Mas em Efésios 1:3, vemos que Ele nos assentou nas regiões celestiais em Cristo Jesus. Já somos abençoados Nele. O contexto em Éfeso era a prostituição cultural à deusa Diana. Paulo estava falando à pessoas que tinham que pagar pela benção. No templo de Diana havia muitos sacrifícios, inclusive humanos. Naquele contexto, os romanos não entendiam um Deus que lhes abençoava sem esforço, sem luta ou peso. Em Cristo Jesus já fomos abençoados!“, destacou.
Fabrício ressaltou que a dificuldade de muitos é caminhar nas pisaduras, na benção que já foi liberada na vida dos que creem. “Hoje as pessoas se cortam e se ferem para merecer a benção, pois tal qual como os profetas de Baal, eles acreditavam que precisavam sofrer para alcançar a benção. O que precisamos é andar naquilo que já somos, vestir a roupagem! Nós apenas temos que nos tornar aquilo que nós somos“, lembrou.
“No texto lido, Jacó começa sua peregrinação na casa de Labão. Ele se vê sem valor. Jacó não se vê digno. Então, como ele não conhece quem é, faz um esforço grande para construir um relacionamento e se submete à coisas para ser aceito. Trabalhar por relacionamentos é duro. Nós podemos até comprar relacionamentos. No livro de Mateus, Jesus fala que podemos granjear amigos com as riquezas terrestres; nessa situação, imaginamos ter Raquel, mas temos Lia. Todo relacionamento que temos que dar demais, batalhar demais, não está ligado à quem somos, mas ao que temos. Se trata de entender que as pessoas serão atraídas a você e não o contrário. Por isso é preciso conhecer com quem nos relacionamos. Quando sabemos quem somos e vivemos como se soubéssemos, vamos atrair as pessoas certas. Muitos de nós não entendem a benção que carregam, tal qual Jacó. Depois de 14 anos, Jacó começa a se adequar e perceber quem é. Havia um fluxo de benção direcionado à ele. Tudo que ele fazia prosperava“, ressaltou.
Fabricio Miguel declarou aos presentes que nenhuma palavra contra eles prosperaria. “Nem ódio, nem dor. Nada. Você carrega a benção, uma benção adaptável, que resiste à inveja. Quando o seu crescimento e o que você carrega irrita as pessoas. Tem gente que presume coisas sobre você por perseguição. Jacó sofria da síndrome do impostor: ele tinha a benção, mas não tinha o argumento, pois se sentia inadequado. Quando não conseguimos verbalizar o que carregamos, de forma clara, ainda não entendemos quem somos. Por isso Jacó fugiu de Labão“, destacou.
“Deus é Deus da entrada e da saída. Quando sabemos quem somos, ainda que tentemos reter algo ou que sejamos retidos, a benção será irresistível. Jacó não sabia sair! Labão o perseguiu e correu o risco de perder a benção. Raquel, sua esposa, havia pegado os ídolos de seu pai, Labão, o que poderia matar a Jacó. Tal qual essa situação, Deus escondeu a desculpa do diabo“, ressaltou.
Segundo Fabricio, existem “falhas em nós”, mas Deus manterá encoberto dos inimigos. “Deus está trabalhando em nossas vidas, mas o inimigo não nos verá. Precisamos voltar ao lugar da benção. Precisamos voltar ao nível de oração de quando Deus nos alcançou. Jacó mandou mensageiros ao seu irmão, mas Esaú não respondeu. Quando carregamos a benção, temos que resolver a nossa vida. Trate o que é necessário, mesmo que seja assustador. Deus quer que tenhamos integralidade entre aquilo que Ele diz que somos, e o que verdadeiramente somos. Jacó tentou comprar a benção e a paz com o seu irmão. Sabe quando há pessoas que querem tratar os problemas? É hora de zerar, sem pendências“, disse.
O bispo ainda pontuou que em Genesis 33:8, Esaú pergunta o que Jacó pretende com o que tinha enviado à ele. “Mas o que vai abrir os caminhos, é o que Jacó era. O que abre os caminhos é o que somos. Então, com medo, Jacó ficou só.
Até as pessoas que viram as costas para nós vão nos dar senso de destino. Então Jacó viveu uma teofania. Deus se propôs a lutar conosco para descobrir quem somos. Deus nos fere para andarmos como somos“, disse.
E mostrou que, em Efésios 4:1, fala que deve-se andar “como somos”, de acordo com “o que carregamos”. “Quem carrega a benção sabe se comunicar, ser o bastante! Há uma guerra, mas há um novo dia. Quando está virando para um novo dia, o céu começa a ter pressa. Deus está com pressa. Jacó está brigando com Deus e existe uma luta para que o que tem que ser dito seja declarado. No limiar de um novo dia, Deus quer ser “vencido” pois antes do amanhecer, temos que falar o que queremos Dele. Deus está guerreando conosco e quer saber o que queremos. Mas Jacó não soube o que pedir. Ele pede algo que já é dele. Ele pede o que já tem“, afirmou.
“Hoje no oitavo dia, Deus está dizendo: O sol está nascendo, o novo está raiando, é hora de assumir a sua identidade. A manhã está nascendo, é um tempo de ser. Deus pergunta o nome de Jacó. Você precisa entender que não é a respeito do que você tem, mas é a respeito do que você é. Tinha chegado a hora de Jacó ser quem ele era. Não podemos abrir mão das palavras que Deus falou ao nosso respeito. Muitas vezes estamos querendo controlar a rejeição, por conta das dores que passamos. Nos sentimos inadequados, impróprios para a benção que Deus nos entregou“, lembrou.
Antes de encerrar, Fabricio Miguel ainda ressaltou que este é o tempo de acreditar em tudo que Deus fala ao respeito do seu povo. “Somos filhos. Temos que parar de titubear, oscilar e apenas ser. Precisamos parar de lutar com quem somos. O dia está nascendo, é a hora de dizer: eu acredito Deus. É a hora de nos transformar naquilo que somos. Este é o ano de ser, de se tornar, de acreditar. Ele falou e vai cumprir. A estrela da manhã é a estrela da transição, é a última estrela que consegue ser vista quando vai amanhecer. É esse o tempo que estamos vivendo. Todo espírito de impostor vai cair, chegou o tempo de se adequar a promessa. Sabemos quem somos e ser quem somos é o suficiente“, declarou.
Segundo Fabricio, a benção de Jacó está sobre nós: “Deus te dê do orvalho do céu, e da exuberância da terra, e fartura de trigo e de mosto. Sirvam-te povos, e nações te reverenciem; sê senhor de teus irmãos, e os filhos de tua mãe se encurvem a ti; maldito seja o que te amaldiçoar, e abençoado o que te abençoar.” (Gênesis 27:28,29)
“Já é hora! Rejeite não se tornar aquilo que é! Rejeite não andar nas pisaduras daquilo que é! Deus está nos dando a capacidade de magnetizar as pessoas do nosso destino, nos dando a capacidade de ser o que ele diz que somos“, finalizou Fabricio.
por Ana Selligmann
edição Tiago da Silva
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