A primeira noite da Conferência Global 2021, realizada no CN Hípica Hall em Brasília, neste feriado de 12 de outubro, se consolida como um dos eventos cristãos mais importantes do Brasil. O clã da Comunidade das Nações comemora 10 anos do evento, que conta nesta edição com preletores internacionais e nacionais e tem como foco a preparação de pessoas para conquistar os sete montes de influência da sociedade: fé, família, educação, mídia, artes, negócios e governo.
A bispa Dirce Carvalho participou da abertura, consagrando o evento ao Senhor: “Nós queremos oferecer a ti, (…) nós queremos nos juntar como brasileiros, como cristãos, para honrar a sua presença antes de qualquer coisa”. Ela destacou a importância do relacionamento com o Senhor para a manifestação do Reino de Deus aqui na terra, lembrando o tema deste ano: Millenium – A Era do Reino.
Em seguida, o evento contou com o louvor conduzido por membros da Orquestra Cristã de Brasília e pelo grupo do ministério do louvor da Comunidade das Nações, que nos lembrou de erguer nossos olhos para os montes de Jerusalém e para o Deus de toda a terra. “Vem com o peso da tua glória, (…) Pois teu nome é santo”. “Na sua presença sou fortalecido”. “Quão grande é meu Deus”.
O louvor terminou com a palavra profética do bispo JB Carvalho, líder da Comunidade das Nações, que ressaltou a importância do relacionamento com o Senhor na manifestação do Reino. “Faz o teu trono sobre nós. Estabelece teu governo sobre as nações. Tu que mede o universo a palmo. Chama cada estrela pelo nome”, destacou.
JB Carvalho também lembrou como a Conferência Global foi inspirada em uma pregação de Myles Munroe e ressaltou a importância de os cristãos entenderem que precisam estar alinhados com o Senhor para a realização do Reino de Deus.
Em todo o momento, lembrou-se da importância da ocupação dos montes pelos que nasceram de novo no Espírito. Exemplo disso são os livros que todos os inscritos receberam, “Pobreza, Riqueza e Prosperidade” de Kris Vallotton, no monte dos negócios, e “Ative Seu Cérebro” de Caroline Leaf, no monte da educação.
O preletor da noite foi Cláudio Duarte. Sempre combinando seriedade com bom humor, o pastor resumiu sua mensagem sobre a Era do Reino citando cinco características desse tempo que devemos observar: que ela vem com o amor de Deus, que quem a recebe passa pelo arrependimento e pela conversão, que ela nos une como uma comunidade, que nela a intenção é mais importante do que a ação e que ela traz esperança. E que devemos nos desfazer das distrações para melhor percebê-la e vivenciá-la.
Claudio Duarte começou com uma mensagem poderosa, comparando a Era do Gelo com a Era do Reino e mostrando que, da mesma forma que a primeira era abundante em gelo, a segunda deve ser abundante nas coisas do Reino: “Graças e paz a todos. Para mim é um prazer muito grande estar aqui poder fazer parte de tudo isso. E posso dizer que não é fácil. Eu estava confidenciando ali (…) que deu um friozinho na barriga e se eu pudesse eu ia embora. Mas se você me conhece um pouco, você sabe que minha mente é muito lúdica. E meu coração (…) me dá satisfação de viver. E quando eu recebi o tema dessa noite (…) a primeira coisa que eu me lembrei foi da era do gelo. (…) Eu fui então para o desenho, para tentar entender. E eu vi que o que mais tinha na era do gelo, era gelo. (…) Se estamos numa conferência sobre a Era do Reino, o que temos que ter mais são as coisas do Reino. (…) Onde quer que formos, o Reino deve estar presente. Você pode até não vê-lo, mas (ele está lá). (…) Você tem medo de homens, o Reino é maior que os homens. Você tem medo de cores, o Reino é maior que as cores”.
LeoBark
Ao falar sobre as coisas que nos afastam do Reino, ele explicou como as distrações do mundo podem ser evitadas: “A nossa vida, inúmeras vezes, passa por um lugar que podemos denominar de vale das distrações. (…) Procura nos manter por ali o máximo possível de tempo para que não possamos concluir a nossa jornada. No vale das distrações nós vamos encontrar as preocupações, as coisas que eventualmente nos agradam. (…) Nós estamos diante de um ambiente de alerta, onde nós precisamos focar o máximo das nossas atenções para não nos distrair”, enfatizou.
Depois disso, ele explicou cinco características importantes que servem para ajudar a identificar e vivenciar o Reino, sendo a primeira o amor de Deus: “Então se nós estamos no Reino, o que o Reino trouxe para nós. (…) Se a era é do Reino e o Reino veio para nós, o que ele trouxe para nós. Em João 3:16 está escrito: Pois Deus amou o mundo que entregou o seu filho único, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (…) O Reino chegou e o que ele trouxe para este mundo? O amor. (…) Um amor que fez com que o Todo Poderoso ignorasse todas as ofertas para descer da cruz e morresse por nós. (…) Pare de chorar e sorria, porque aquela morte te deu a vida eterna”.
O pastor então destacou uma mensagem que recebeu comentando como um pastor gospel morreu da mesma forma que uma pessoa do mundo. Que na morte, os dois pareciam iguais. Mas ele mostrou que esse é um problema da forma como as pessoas veem as coisas. E que é necessário entender que o acontecimento na cruz “não nos isenta das coisas que acontecem aqui, mas nos dá passagem para a vida eterna”. “Qual é o problema dessa situação? As pessoas dizem que estamos nos últimos dias. E o evangelho de Mateus diz que os últimos dias veriam multiplicar a iniquidade. Que o amor de muitos esfriariam. Mas nos Atos dos Apóstolos diz que nos últimos dias Jesus derramaria o seu Espírito. (…) É você quem decide o que vai receber. A grande questão é que o amor verdadeiro prioriza a eternidade”, disse.
A segunda característica dessa era é que ela traz o arrependimento e a conversão àqueles que encontram o Reino: “A segunda coisa que eu quero compartilhar com você, é que a Era do Reino traz o arrependimento e a conversão. (…) Se ele já veio, é o momento do encontro. Algo particular. Aqueles que tiveram o encontro com o Espírito Santo vão viver na Era do Reino o arrependimento e a conversão. (…) Nós estamos vivendo a era do arrependimento, e não das desculpas. Todo mundo está no mesmo ambiente, mas você que vai decidir se vai viver na Era do Reino ou se vai ficar sentado vendo as coisas acontecerem. (…) Quando Isaías vê o Senhor, o que ele vê? Ele (também) vê ele mesmo. Porque quando o Reino vem a você, você encontra-se com você mesmo, com a sua missão, com a sua mudança. (…) Se você quiser, tudo é possível. Porque tudo é possível àquele quer crê. E tudo é possível àquele que quer”.
Depois disso, Claudio mostrou como o Reino nos integra na evangelização e na busca pela manifestação das coisas do céu: “Terceira coisa: a Era do Reino nos une como a corda de alpinistas. Ela nos prende, ela nos ata. Quando o Reino chega às pessoas hoje, não é sobre elas apenas, mas sobre todo mundo. Você não vai fazer parte do Reino se você só pensa em você”.
Claudio Duarte lembrou que nessa fase Deus está atento às nossas intenções, motivos e razões. Que da mesma forma que Ele escolheu Davi, não pelo que ele fazia, mas pelos motivos que ele tinha, Ele olha em nossos corações e nos recompensa pelas nossas intenções: “A motivação é mais importante do que a ação. Não é o que você faz, mas porque você faz. (…) O que você faz agrada aos homens, mas o porquê você faz agrada a Deus. Porque Deus sonda o coração. (…) Nós estamos em um tempo em que Deus sonda o coração (…). Na Era do Reino, a intenção vem em primeiro lugar”.
Enfim, ele mostrou como a Era do Reino é uma época de esperança: “Olhe para o seu casamento com esperança. Olhe para o seu filho com esperança. Olhe para sua família com esperança. Olhe para nosso presidente com esperança. (…) Olhe para o que for, com esperança”.
O preletor fechou sua ministração orando pelos presentes: “Pai, muito obrigado por tudo aquilo que está acontecendo aqui. (…) Pois tudo que não está acontecendo aqui, se pudesse ser impedido, seria. Se o inimigo pudesse impedir que as pessoas chegassem aqui, ele faria. Mas o inimigo só não consegue impedir que as pessoas cheguem (…) por causa da sua mão poderosa. (…) Muito obrigado por mais um ano da CN, pelo bispo JB, pela bispa Dirce, por todos os pastores, por todas as extensões que a igreja tem pelo Brasil. (…) Muito obrigado Senhor, por permitir que eu faça parte disso. (…) E que cumpra em nós tudo aquilo que o Senhor tem reservado”.
Para finalizar a noite, o bispo JB Carvalho falou que a Conferência Global conta com a presença de cristãos de todo o Brasil e vários países, e mostrou que é notória a inserção em cada um dos sete montes, e consequentemente, o crescimento do reino e a expansão do evangelho para todo lugar, a todo o momento e de todas as formas.
por Henrique Guilherme
edição Tiago da Silva