O Ministério da Saúde Celestial adverte sobre a epidemia de uma antiga droga religiosa chamada gnosticismo.
Aquele que consumir esse entorpecente poderá ficar vagando sem propósito em um mundo fatalista, dualista e de uma espiritualidade plástica.
A ilusão que ela provoca é que o universo material é alguma coisa ruim e que somente o mundo invisível é realmente bom. Assim todos os usuários estão num transe psicótico em que acreditam que a pobreza não é somente aceitável como é também uma virtude, e que todos aqueles que possuem riquezas são inimigos de Deus.
Alterações de humor foram constatadas entre os seus usuários com o uso repetitivo de versículos em forma de mantra que justificam os fracassos, um sentimento de estar preso na roda do destino e uma ruptura cerebral que faz o dependente enxergar sua existência separada em dois mundos: um sagrado e outro secular.
Alertamos que o contato com os usuários dependentes pode ser perigoso já que a existência deles não inspira ninguém a pensar grande, superar obstáculos e deixar um legado para o futuro.
Porque nesse estado alterado de consciência, o futuro nem existe.
Seus efeitos colaterais incluem alterações da visão onde a percepção é de que o mundo está “perdido” e sem solução e que todos somos impotentes para mudar a realidade. Esse fatalismo trata-se de uma alucinação produzida a partir da crença que o destino é algo ou alguém que não podemos evitar.
Essa sensação se deve a um dos elementos da droga chamada paganus gnosebinóides.
Verificou-se em alguns casos um zelo religioso radical que age como estimulante em uma primeira fase, mas em seguida tem efeitos agressivos contra qualquer possibilidade de uma vida cristã poderosa, abundante e vitoriosa em nossa existência terrena.
Em seu estado mais puro o gnosticismo tem a salvação como a libertação dos grilhões desse mundo material hostil.
Essa droga alucinógena é altamente viciante e destrói a verdadeira intimidade com o sagrado. Pois provoca a dependência de exterioridades a fim de preencher por alguns instantes a necessidade de estar sempre certo e uma sensação eufórica por poder perseguir “os hereges” não usuários.
A substancia psicoativa produz ainda delírios e acusações que culpa qualquer pessoa que se encontre feliz e prosperando. Verificou-se numa combinação da droga modificada com outra substancia canabis nicolaitas uma disposição para a completa desinibição do usuário para praticar qualquer tipo de pecado carnal.
O gnosticismo em sua forma mais concentrada confere aos seus usuários uma fé intelectualizada, que remonta a experiência dos primeiros dependentes que se tem registro, os gregos antigos.
O gnosticismo é uma droga religiosa que gera o engano sobre os crentes de que somos pecadores lutando para ser santos ao invés de sermos santos lutando contra o pecado. A paranóia dessa filosofia é a dicotomia de dois mundos onde devemos esperar a morte para começar a viver de verdade.
Assim devemos viver da terra para o céu ao invés de viver do céu para a terra. Portanto, cada dia não deve ser celebrado como “o dia que o Senhor fez”, mas dopados com essa mentira estamos todos sob uma ressaca existencial, numa vida sem sentido, ou somente com sentido depois da morte.
Essa droga ao contrário das outras drogas não lhes dá uma viagem transcendental a todos os seus usuarios, senao a alguns poucos iluminados que numa megalomania cogitam em seus devaneios e desvarios ter o conhecimento dos segredos do universo por meio de revelações especiais e senhas excepcionais.
Aos mortais vacilantes a droga tem o efeito de prender suas vítimas em um universo frio, calculista e cartesiano.
Contudo, todos os que foram afetados pela droga receberam uma interferência no bom senso e passam a se achar superiores moral e espiritualmente sobre os abstinentes que ousaram “ficar limpos” ou deixaram de consumi-la.
O tratamento para esse tipo de dependência é difícil, pois exige grandes doses de humildade, coisa que os adeptos da gnose detestam, pois eles velam pelo saber e adoram a razão.