“O filho do homem não perde sua vida, mas a entrega por sua vontade.”
Baseado em Mateus 26:36-46 (ARA), o Bispo JB Carvalho abordou a importância de os cristãos assumirem sua missão e carregarem sua cruz.
36 Em seguida, Jesus foi com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: “Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar”;
37 e, levando consigo a Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se.
38 Então, lhes disse: “A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.”
39 Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.”
A cruz representa o teste da obediência, ou seja, a submissão da vontade. Sem essa prostração, não é possível falar em adoração ou no Reino de Deus. Existe uma batalha de argumentos, onde o inimigo aguarda qualquer concordância para realizar seus intentos, utilizando ataques na mente. Antes de sua crucificação, Jesus enfrentou uma agonia tão profunda que suava sangue. Ele questionou a Deus: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres”, revelando que nossa maior luta não se resume a se esforçar, mas a se entregar. A verdadeira batalha se dá na rendição.
O inimigo tenta convencer os filhos de Deus a não cumprir o que foram chamados, fazendo com que a mensagem da cruz pareça “loucura” para aqueles que se perdem. Mesmo os mais próximos de Jesus, como sua família e discípulos, não queriam que o plano de Deus, a crucificação, se realizasse. Pedro, por exemplo, desejava trocar o evangelho da cruz por “uma revolução armada e um final feliz”. Contudo, há uma recompensa de alegria para aqueles que permanecem fiéis. De acordo com o Livro de Hebreus, houve uma alegria proposta a Jesus para suportar o que sofreu (Hebreus 12:2-3):
Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.
Além disso, se fosse o plano de Deus, Ele poderia ter enviado uma legião de anjos para impedir a crucificação. Contudo, Jesus representa um estilo de vida que abraça o sacrifício em vez de escolher a porta larga. Essa entrega redefine o conceito de “herói”, caracterizando-o como aquele que pega sua cruz para salvar os outros, e não apenas a si mesmo.
Enquanto perguntavam quem era o mais importante, Jesus lavava os pés dos demais. Não é a força bruta que redime a sociedade, mas sim a capacidade de dar a face a quem te fere; é sobre amar os inimigos. Não se trata de uma aceitação passiva do mal, mas de um enfrentamento corajoso do mal. Assim, “tomar a sua cruz” envolve negar-se a si mesmo. Trata-se de renúncia e sacrifício, onde o caminho para o trono é o caminho da cruz. Portanto, não fuja da sua missão e nem busque atalhos. Siga o exemplo dos heróis da fé que lutaram o bom combate e cumpriram a missão à qual foram chamados, como Davi, que foi perseguido por anos, mas continuou fiel ao Senhor, tornando-se um dos maiores exemplos bíblicos a ser seguido.
Em suma, a mensagem é clara: a verdadeira grandeza se encontra na disposição de carregar a cruz e seguir o chamado de Deus, mesmo diante das adversidades. Que possamos nos inspirar no exemplo de Jesus e nos comprometer a viver uma vida de entrega e sacrifício, sempre buscando a vontade do Pai em nossas vidas.
Por: CN Conteúdo.