Na última tarde da Escola de Profetas, Bethany Hicks, Ben Armstrong, Hailey Braun e Lindsey Reiman abordaram assuntos em perguntas como: os temores acerca da validação da comunidade, sonhos proféticos, filhos e dons, e o julgar palavras.
O painel foi conduzido por Bethany Hicks, que provocou perguntas importantes enviadas pelos alunos da Escola de Profetas 2024. Uma das primeiras perguntas foi direcionada a Hailey Braun acerca do temor da validação dos homens (comunidade), que por vezes foi um limitante em sua caminhada e experiências com Deus.
Hailey respondeu, expressando que é necessário declararmos a verdade, adicionando fé a esta e nos esforçando a cada dia para conformarmos nossas mentes às palavras da Bíblia. 2 Coríntios 10:5 nos diz sobre levar todo pensamento cativo para nos tornarmos obedientes àquilo que realmente é dito sobre nós. Devemos lutar no poder do Espírito Santo e vencer os maus pensamentos, resistindo a eles com esse mesmo poder, a fim de que todo temor seja contraposto pelas verdades do céu.
“O temor dos homens não bate mais em minha porta, pois eu declaro as verdades sobre mim até que eles se vão.”
Em seguida, Bethany respondeu a uma pergunta sobre “como receber profecias que não ressoam com nosso espírito”. Ela nos lembrou das responsabilidades dos profetas na Nova Aliança. Pois, quem recebe uma profecia é tão poderoso quanto quem a entrega, pois, ao entrarmos de acordo com essas palavras que não ressoam com nosso espírito, permitimos que elas tenham autoridade sobre nós. Nenhuma palavra profética pode estar sobre nós sem que tenha nosso próprio apoio. Ben acrescentou que precisamos, em uma cultura profética, dar feedbacks quando profecias não estão em acordo com a comunidade profética que está sendo construída.
Os sonhos proféticos foram mencionados no painel. Ben respondeu sobre como um sonho pode ser uma projeção da mente ou de nosso próprio espírito. Segundo Armstrong, somos corpo, alma e espírito. Os sonhos do corpo físico podem ocorrer devido a liberações de hormônios que ocorrem durante o sono; nosso corpo está trabalhando e, em grande parte, possui sua química comum, que pode produzir influências em nossas mentes. Nossa alma também pode sonhar e expressar o que alimentamos em nossos corações, seja por leituras, músicas, estresse ou pensamentos diversos. Entretanto, existem os sonhos do nosso espírito, que podem ter uma influência da esfera do mal ou do céu. Podemos julgar se algo dito em um sonho provém de Deus ou não, assim como julgamos más palavras proféticas.
Lindsey continuou o painel, compartilhando como podemos saber que Deus está falando algo individualmente para alguém. De acordo com Lindsey, Deus pode nos falar de diversas formas, na maioria das vezes utilizando nossos sentidos físicos. O desafio é reconhecer todas as formas que Deus pode usar para se comunicar. Isso exige uma jornada de busca por intimidade, que nos permitirá entender a voz d’Ele, assim como entenderíamos a voz de uma pessoa conhecida há muito tempo.
“Somos receptores que reconhecem a voz de Deus. Nosso desafio é perceber todas as formas como Deus se comunica.” — *Lindsey Reiman*
Em seguida, os integrantes do painel foram perguntados sobre como podemos criar crianças proféticas. Hailey iniciou a abordagem do assunto com Efésios 4. Ela nos lembrou que ser profeta não é um dom do Espírito, mas é quem você é. Profetas sentem o problema e captam a solução. Os pais devem carregar o peso dos problemas apontados pelas crianças proféticas. Isso é de suma importância, pois, por vezes, as crianças proféticas acessam informações de reinos diferentes. Se ensinarmos elas a diferenciar a informação e guardar e proteger seu coração, entregando-lhes ferramentas bíblicas, treinaremos elas para aprenderem a viver uma vida profética sem medo e da forma correta. Quando treinamos nossas crianças para o conhecimento sobre a esfera celestial, permitimos que elas cresçam longe do âmbito do medo demoníaco.
Por fim, uma pergunta foi direcionada às mulheres integrantes do painel sobre os desafios que as mulheres enfrentam no ministério profético. Bethany iniciou a abordagem nos dizendo que cada uma precisa entender que existe um lugar onde todas podem ter espaço e que isso não exige mais a validação dos homens para a realização das tarefas às quais Deus as chamou. Deus é quem abre portas que ninguém pode fechar; ter conhecimento sobre a soberania d’Ele libera as pessoas do peso da busca pela valorização da autoimagem entre a comunidade. Hailey concluiu o painel afirmando que é necessário crescer no ministério com o entendimento de que não há independência solo, ou seja, não somos indivíduos que rejeitam colaborações, especialmente dos homens, pois atualmente a cultura tenta dizer que não pode haver cooperação entre mulheres e homens.